Imposição, não
O Observatório para Enfrentamento ao Racismo em SC, lançado semana passada e envolvendo 20 entidades parceiras, tem objetivos nobres, como atuar pela criação de delegacias regionais para o enfrentamento especializado a crimes de racismo e implementação de ações afirmativas com reserva de cotas étnico-raciais para ingresso no serviço público estadual. E outros nem tanto, porque beiram à imposição, como a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio. Daqui a pouco será obrigatório ensinar a história e cultura italiana, alemã, polonesa, açoriana e outras, cujos descendentes formam mais de 80% da população de SC? Ninguém deve ser obrigado – e sim ser uma opção – a conhecer uma cultura que não é a sua, na escola ou fora dela. No caso, há o perigo de até aumentar o preconceito racial.
Esse observatório não esconde que tem o objetivo é de criar privilégios baseados em indecorosos critérios raciais. Especialmente em um estado que tem baixa representação de negros e pardos.