Blog do Raul Sartori

Nota neste site, dia 27, provocou repercussão nacional. De sexta-feira, 30, até a tarde deste domingo, o site recebeu 73 manifestações de leitores de todo Brasil. A este número somam-se outras 322 mensagens para o jornal “O Trentino”, que é editado em Nova Trento. A nota parabenizava a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agricola de Santa Catarina (Cidasc), que deve negar autorização para realização, de 26 a 28 deste mês, da famigerada Cavalgada nos Caminhos de Santa Paulina, em Nova Trento. A morte de vários cavalos em plena rua, por cansaço, na edição de 2009, fez com que a população de Nova Trento tivesse uma atitude muito hostil em relação ao evento. Além da morte de cavalos, a população não aprovou desfile nas ruas em que cavalos muito cansados por percorrerem longas distâncias sem comida e água, puxavam pesadas carroças lotadas por homens aparentando sinais visíveis de embriagues.
O responsável por este blog, que é de Nova Trento, estava lá, acompanhando “in loco” tudo para seu jornal, que tomou uma posição absolutamente oposta em relação ao evento. Também denunciou os abusos para colegas de imprensa e cobrou a total ausência da própria Cidasc, Policia Ambiental, prefeitura e Ministério Público. Este evento está longe de “homenagear” Santa Paulina. Pelo contrário, denigre a imagem da cidade, sem contar a sujeira que gera pelas ruas. O curioso é que além do ex-prefeito de Brusque, Ciro Roza, que a criou, ela tem um padre como um dos seus expoentes maiores. É ele que celebra uma missa campal, no sábado à tarde, antes dos mal afamados shows e bailões, com presença de muitas prostitutas, num local próximo ao santuário de Santa Paulina. Aliás, o Santuário Santa Paulina, devido a crescente desvirtuação e descaracterização da cavalgada, tem manifestado desconforto em ver o nome de Santa Paulina associado a ela. Nas edições mais recentes não permitiu mais que seus pátios servissem de acampamento.
Mesmo se for autorizada, os 12.300 habitantes de Nova Trento não farão uma “recepção” calorosa aos cavaleiros participantes da cavalgada. O comando local da Policia Militar vai tentar suspendê-la junto ao Ministério Público, na comarca vizinha de São João Batista. A PM teme confrontos entre populares e cavaleiros. Aos promotores a PM vai levar cópias de dezenas de e-mails recebidos de todo Brasil, todos com apelos para que faça de tudo para que a cavalgada não aconteça.